Pular para o conteúdo principal

Mudar não é preciso, mas é preciso!

("Come home", Yael Naim) 

Hoje uma amiga de muitos anos, muito, mas muito querida, minha quase irmã, está alçando vôo para uma nova vida.

Carregando caixas no carro, embrulhando roupas, livros e objetos de uma vida antes só dela, despedindo-se de seu espaço para construir um novo com alguém tão fantástico quanto ela.

Ano passado assisti ao show da Yael Naim com esta pessoa querida de quem falo. Yael nos falou do novela que havia sido quando resolveu deixar sua terra natal e família israelense tradicional para ir viver seu sonho de ser cantora em Paris.

Dessa experiência e da saudade que ela sentia de tudo aquilo compôs a canção "Come home", pois todas as vezes que ligava para seus pais eles lhe pediam para que voltasse para casa.

Não é esta a situação de minha amiga, talvez não seja a sua, mas no sentido de que a gente sente que algo (o conhecido, a certeza etc) nos chama para o passado e ainda assim insistimos em prosseguir. Essa, para mim, é uma ideia que amo na letra.

À minha amiga e você quem também está se preparando para uma mudança eu só vou só confirmar aquilo que você já sabe: não há nada melhor do que mudar e começar do zero algo novo. Sem contar que na vida nova tudo que é antigo e desejável pode permanecer. Você retira apenas o que não quiser.

Incerteza, insegurança e frio na barriga aparecem agora, mas logo darão lugar a uma alegria e tranquilidade maravilhosa de que viver é exatamente poder sentir tudo isso, porque a vida sem essas mudanças seriam provavelmente entediantes e tão pouco autênticas.

Feliz Mudança!!! Feliz Nova Vida!!!

...



Come home

"I'm flying far away to be really free
Tried hard to build myself independently
It's hard to always do what you expect from me
Saying come home
Come home
I try to understand why it hurts you
To see the difference in our points of view
Don't blame me for a thing that i didn't do
Saying come home
Come home
It's insane
How feeling so much shame
Will only bring you pain
And I no longer know how to explain
See I'm happy as can be
And you're my family, my ground
And I'm just hoping one day i will find you
You're holding back the tears when you kiss me
Smile smile when I'm back again as you see me
When years are passing by and you miss me
You're saying come home
Come home
Such a shame
You're feeling so much blame
And yet I'm still the same
And I no longer know how to explain
See I'm grateful as can be
'cause you're my family, I'm bound
And I'm just hoping one day you will shine through
Let's try to look at each other
Find one another
Asking how can it be
Fighting and loosing each other
Thinking the other
Is not so much like me
Finding out all that we see
Is just not always what is real
That you come home
Come home
Just come home
Come home
My turn to understand what you lived through
Today I only feel how I miss you
So it's only fare, when it's hard to bare
And you ask if I, I try to come home
Come home"

...

Come Home

"Estou voando para longe, para ser realmente livre
Esforcei-me para construir de forma independente
É difícil fazer sempre o que você espera de mim
Dizendo voltar para casa
Venha para casa
Eu tento entender por que isso te machuca
Para ver a diferença em nossos pontos de vista
Não me culpe por uma coisa que eu não fiz
Dizendo voltar para casa
Venha para casa
É uma loucura
Como sentir tanta vergonha
Só vai trazer dor
E eu já não sei como explicar
Veja que eu sou feliz como pode ser
E você é minha família, minha terra
E eu estou apenas esperando um dia eu vou encontrá-lo
Você está segurando as lágrimas quando você me beija
Sorriso sorriso quando eu estou de volta como você me vê
Quando os anos estão passando e você sentir minha falta
Você está dizendo que se casa
Venha para casa
Uma vergonha
Você está se sentindo muito culpado
E ainda assim, eu ainda sou o mesmo
E eu já não sei como explicar
Veja, eu sou grato, como pode ser
Porque você é minha família, eu sou obrigado
E eu estou apenas esperando um dia você vai brilhar
Vamos tentar olhar um para o outro
Encontrar uma outra
Perguntando como pode ser
Lutando e perdendo uns dos outros
Pensar o outro
Não é tanto como eu
Descobrir tudo o que vemos
É apenas nem sempre o que é real
Que você vem para casa
Venha para casa
Voltar para casa
Venha para casa
Minha vez de entender o que você viveu
Hoje eu só sentir como eu sinto sua falta
Então é só tarifa, quando é difícil nua
E você perguntar se eu, eu tento voltar para casa
Venha para casa"

Comentários

Unknown disse…
Estou feliz demais porque esta sua amiga é uma pessoa que amo há muito tempo,uma estrela brilhou! Que a felicidade seja sua eterna companheira junto de seu escolhido e preferido amor. Que sejam felizes! Que as mudanças lhes tragam alegrias , hoje e sempre !
Adriana Cechetti disse…
Q lindo!!! Como sempre, vc pinta com pincéis e palavras! Me deixou assim, boba, emocionada e, ao mesmo tempo, sedenta pelas mudanças! Obrigada por estar sempre ao lado! Vc é mais que irmão pra mim!
Beth/Lilás disse…
Soninha, se esta amiga é aquela que eu conheci aí na sua casa, só posso desejar-lhe, tal qual você, um mundo de felicidade e grandes realizações.
Gostei da musiquinha, não conhecia esta.
beijos cariocas


Postagens mais visitadas deste blog

"Ja, må hon leva!" Sim! Ela pode viver!

(Versão popular do parabéns a você sueco em festinha infantil tipicamente sueca) Molerada! Vocês quase não comentam, mas quando o fazem é para deixar recados chiquérrimos e inteligentes como esses aí do último post! Demais! Adorei as reflexões, saber como cada uma vive diferente suas diferentes fases! Responderei com o devido cuidado mais tarde... Tô podre e preciso ir para a cama porque Marinacota tomou vacina ontem e não dormiu nada a noite. Por ora queria deixar essa canção pela qual sou louca, uma versão do "Vie gratuliere", o parabéns a você sueco. Essa versão é bem mais popular (eu adorava cantá-la em nossas comemorações lá!) e a recebi pelo facebook de minha querida e adorável amiga Jéssica quem vive lá em Malmoeee city, minha antiga morada. Como boa canção popular sueca, esta também tem bebida no meio, porque se tem duas coisas as quais os suecos amam mais que bebida são: 1. fazer versão de música e 2. fazer versão de música colocando uma letra sobre bebida nela. Nest

"Em algum lugar sobre o arco íris..."

(I srael Kamakawiwo'ole) Eu e Renato estávamos, há pouco, olhando um programa sueco qualquer que trazia como tema de fundo uma das canções mais lindas que já ouvi até hoje. Tenho-a aqui comigo num cd que minha amiga Janete me deu e que eu sempre páro para ouvir.  Entretanto, só hoje, depois de ouvir pela TV sueca, tive a curiosidade de buscar alguma informação sobre o cantor e a letra completa etc. Para minha surpresa, o dono de uma das vozes mais lindas que tenho entre todos os meus cds, não tinha necessariamente a "cara" que eu imaginava.  Gigante, em muitos sentidos, o havaiano, e não americano como eu pensava, Bradda Israel Kamakawiwo'ole , põe todos os estereótipos por terra. Depois de ler sobre sua história de vida por alguns minutos, ouvindo " Somewhere over the rainbow ", é impossível (para mim foi) não se apaixonar também pela figura de IZ.  A vida tem de muitas coisas e a música é algo magnífico, porque, quando meu encantamento por essa música come

O que você vê nesta obra? "Língua com padrão suntuoso", de Adriana Varejão

("Língua com padrão suntuoso", Adriana Varejão, óleo sobre tela e alumínio, 200 x 170 x 57cm) Antes de começar este post só quero lhe pedir que não faça as buscas nos links apresentados, sobre a artista e sua obra, antes de concluir esta leitura e observar atentamente a obra. Combinado? ... Consegui, hoje, uma manhã cultural só para mim e fui visitar a 30a. Bienal de Arte de São Paulo , que estará aberta ao público até 09 de dezembro e tem entrada gratuita. Já preparei um post para falar sobre minhas impressões sobre a Bienal que, aos meus olhos, é "Poesia do cotidiano" e o publicarei na próxima semana. De quebra, passei pelo MAM (Museu de Arte Moderna), o qual fica ao lado do prédio da Bienal e da OCA (projetados por Oscar Niemeyer), passeio que apenas pela arquitetura já vale demais a pena - e tive mais uma daquelas experiências dificilmente explicáveis. Há algum tempo eu esperava para ver uma obra de Adriana Varejão ao vivo e nem imaginava que