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Mostrando postagens de setembro, 2011

"Uma foto, mil lembranças": "O mundo é grande e não cabe na tela", por Daniela Zuim

Eu tenho uns flashs de memória e sensações de uma época de minha adolescência em que eu lia um livro sobre símbolos do Leonardo Boff . Eu me lembro de conseguir resignificar vários fatos da minha vida só com a leitura daquele livrinho. Bom... este livrinho me veio à mente novamente quando recebi este texto da Daníssima , um dos dois últimos textos do nosso concurso. A primeira razão foi o fato de ser exatamente ela, a autora do " nariz de batatinha " a ter me inspirado a fazer o concurso ter sido também a pessoa a fechá-lo. E isso "totalmente ao acaso". Não deixei Dani conscientemente por último, mas pensando no quanto o inconsciente guia nossas escolhas eu creio que sim, eu queria deixá-la para fechar o ciclo. A segunda, porque Daníssima, além de tudo que já contei aqui sobre ela e como nos conhecemos , também fez um curso de psicanálise Junguiana na Suíça . E lembro-me bem de a partir disso trocarmos muitas idéias via net sobre uma quantidade enorme de coisas i

"Uma foto, mil lembranças": "Memórias do Alto Rio Negro", por Marina Barbosa

(Comunidade Indígena de Camanaus, 2004, foto de Marina Barbosa) Entre os valores em uma pessoa os quais eu tenho na mais alta conta estão, em ordem de importância, a ética e a abertura ao mundo e ao novo. Não creio que para agir como ser ético nós precisemos necessariamente conhecer muita gente e muitos lugares, mas eu tenho certeza absoluta que só com certa ruptura com o nosso ser egoísta e narcisístico, em outras palavras, com um ser aberto ao mundo (e este mundo pode ser simplesmente uma outra pessoa além de mim) mais do que só a si mesmo, nós consigamos tal proeza.  A verdade é que a nossa penúltima participante do concurso " Uma foto, mil lembranças ", Marina Barbosa, quem eu conheci através da Dri , tem essa segunda qualidade em demasia. Marina já viveu na Espanha e outros cantos da Europa, viajou o mundo e conheceu gente de todo canto dele. Tem formação em administração, mas foi a segunda faculdade, a Antropologia, que a impeliu para uma experiência ainda mais forte.

Glorinha Leão bate papo com a gente em Sampa!

("As três idades das mulheres", Gustav Klimt) Esta semana tentarei fazer umas acrobacias para não perder a presença da blogueira e conhecida de vocês, Glorinha Leão , aqui em Sampa. Continuando a conversar sobre suas questões pessoais as quais lhe impulsionaram a escrever o livro "Na esquina do tempo, n. 50", Glorinha acaba por valorizar a conversa sobre um período da vida dificílimo para as mulheres, mas ainda cheio de tabus. Se você mora por aqui não perca! E quem sabe a gente se encontra por lá troca idéias, se prepara ou vai se preparando para as fases que virão, dá boas risadas regadas a café ou quem sabe um vinho! Eu, você, a Glorinha , a promotora do evento, Macá , a Lilasona e quem mais aparecer! Vem! Nicecup Café, a partir das 15 horas Rua Pedro Nicole, 1, Chácara Klabin.

Idéias para adiar a procrastinação, n. 1

(Quadro feito com tinta lousa) De todos os meus viciozinhos cotidianos vocês sabem que procrastinar é um dos quais mais me aborrecem. Aquele empurra para amanhã e coisas do gênero que além de atrapalhar a vida prática ainda lança uma camada enorme de culpa sobre os ombros.  Ontem eu falava com uma amiga como o blog novo e a idéia de "ter que" lançar alguma coisa nova toda semana no " Toda Sexta-Feira " tem me ajudado. Até agora só falhei sexta passada por conta de uma gripe com conjuntivite que tomou a Marina de jeito. E aí não pude procrastinar a tarefa de cuidar muito bem do bebê em troca de pintura. Além do blog, o qual me ajuda com a pintura em dia, tenho feito outras coisas que ajudam em outras áreas como dar aula, cuidar das crianças etc. Uma delas está aqui: pintei com tinta lousa este painel em minha parede do escritório. Fiz umas decoraçõezinhas em volta para combinar com minha mesa de vidro  cheia de impressões em flores pretas, trazida do Ikea da Sué

"Uma foto, mil lembranças": "O primeiro voo solo da minha pequena", por Celia Barbosa

Mães sempre (com exceção das mães loucas) amam demais. Não quer dizer que mães sejam criaturas perfeitas, porque exatamente essa característica de amar incomensuravelmente sua cria não permite tal feito. Depois de ser mãe eu entendi esse mundo em que um gesto, um olhar, um sorriso ou uma mãozinha segurando a sua ao atravessar a rua vale um mundo! O texto da Celia, mãe da Elaine, cujo texto para o concurso eu publiquei esses dias, mostra um pouco disso. E também deixa nas entrelinhas o quanto amor cada pai e mãe devota aos filhos e filhas cada minuto de sua infância sem que isso seja, no futuro, exatamente sabido e compensado. A memória da Elaine e a memória de sua mãe sobre o mesmo evento e o mesmo dia são provavelmente muito diferentes, porque a memória é construída de sentimento. Para Elaine o novo, o descobrir, a brincadeira, a alegria. Para Celia, porém, o olhar e o coração mandavam as emoções guardarem outro tipo de lembranças ... E elas estão neste bonito texto enviado pa

"Uma foto, mil lembranças": "Uma foto ruim e intrigante de uma época boa", por Elaine Carvalho

Snif... snif... estamos quase chegando ao fim da publicação dos participantes do concurso " Uma foto, mil lembranças ". Um dos últimos textos é este aqui da jornalista toda sampa, Elaine Carvalho, quem eu vim a conhecer exatamente por conta do concurso. Em seu blog " Verdades e Insanidades ", a Elaine, uma balzaquiana de 35 anos, escreve gostoso sobre literatura, algumas memórias pessoais e lança pontos de vista sobre múltiplos assuntos que lhe apetecem. Curioso foi que a Elaine estará "concorrendo" com o texto de sua mãe, o qual publicarei logo depois desse. Foi tão bonito de ver mãe e filha assim sintonizadas num mesmo canal... em memórias que se conectam, mas nem sempre são conhecidas umas das outras. O texto da Elaine toca numa questão sobre a qual eu vivo refletindo e já falei antes: o passado  tal como o lembramos não se trata da realidade vivida, mas apenas da forma como sentimos  este passado e o vivemos bem como da maneira manca como o ma

"O primeiro vôo do Anjo" ganha republicação no "Minha mãe que disse"

Com muita alegria vi e reli hoje um dos meus posts mais marcantes da história desse blog o qual foi republicado lá no espaço das blogueiras Roberta e Flávia. " O primeiro vôo do Anjo " foi escrito por mim a partir da minha primeira experiência de separação do meu pequeno Ângelo quem na época com 1 aninho estava começando na escolinha sueca. Fala da dualidade do querer se sentir sozinha de novo, mas ao mesmo tempo sofrer a dor danada das "perdas necessárias" de cada fase... O post também ganhou boa repercussão depois de ter participado do concurso de blogueiras da zuper Lola. " Minha mãe que disse " é um blog surgido da idéia de reunir os melhores textos sobre maternidade publicados na blogosfera num único espaço. Com pedido prévio e, claro, os créditos devidos, as duas mantém vivos os posts (mais de 800!) que emocionaram autores e leitores por esse mundão virtual afora. Ao mesmo tempo o blog contribui para que novas pessoas tenham contato com estes t

1 ano e mil histórias para contar

(Marina levada à breca, setembro de 2011) Ontem fez 1 ano que Renato dirigia pela Avenida Paulista, meio desembestado, num sábado bem cedinho, enquanto eu segurava a todo vapor todas as alças do carro ao som de muito "aaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiii" a cada contração que colocava mais e mais próximo de nós a menina vinda do mar. As dores haviam começado as três da matina, num parto que eu havia conseguido induzir naturalmente porque a barriga pesava e o dia de nascer praticamente havia chegado. Com uma primeira dor de despertar do sono profundo acordei e me pus a contar os intervalos de contrações. Eram de apenas 8 minutos, mas como marinheira de segunda viagem e muitas idas ao hospital antes da hora na primeira gravidez, resolvi esperar mais um pouquinho e não acordar o marido e o médico à toa. Uma mais e mais uma e muitos ais a mais jogaram os intervalos para 5 minutos e a hora de pôr os moçoilos para trabalhar havia chegado. Tudo ia rápido demais, mas foi então que

"Uma foto, mil lembranças": "Alegria, alegria! Esta foto é nossa!", por Stela Battaglia

! A história concorrente de hoje é inspirada numa foto de várias décadas. Uma foto literalmente guardada num baú, repleta de memórias e histórias que esperavam para serem recontadas, porque o tempo, os desencontros e os encontros podem nos tirar de dormências... A autora, Stela, eu conheci há alguns anos, quando comecei a dar aulas para a filha dela. Fiquei amiga tanto de uma quanto da outra, porque gente cheia de vida e profunda como elas a gente não encontra todo dia não... Hoje, ao contrário do que normalmente faço, eu prefiro não tentar parafrasear o texto da Stela... Eu prefiro que vocês sintam uma onda de friozinho correndo pelo corpo como eu senti no meio e outra de esperança para o final... A história da Stela fala por si mesma e, segundo ela, não haveria melhor momento em sua vida para tirar do seu baú uma foto e o concurso foi uma excelente forma dessa história poder ser contada...  Obrigada querida Stela! ... Alegria, alegria, esta foto é nossa! "Ano? 1000...c

"Uma foto, mil lembranças": Duas meninas (ou três, quatro..), por Gislaine Widmer

Eu conheço a autora do texto de hoje há mais de 15 anos e vocês por conta da maravilhosa história de uma colcha de retalhos . Estudamos juntas na mesma universidade, curtimos as mesmas badaladas festas, trabalhamos no mesmo grupo de professoras em determinada época. Depois, nos casamos, fomos viver fora e tivemos dois filhos: uma menina e um menino, no caso dela. Um menino e depois uma menina, no meu. E continuamos juntas sonhos muito parecidos e lutas semelhantes para manter, no mínimo, uma coesão entre as mocinhas e profissionais da época da universidade, as namoradas dos nossos maridos e as mães notas quase 10 que desejamos ser para nossos filhos. O que eu vejo nessa Gislaine de mais de quinze anos em comum com a autora do texto é essa sensibilidade e o seu modo de falar naturalmente poético. A Gislaine estudou Letras na Unicamp, ama literatura, línguas etc, mas o modo dela escrever e o modo amável com o qual ela vê a vida transparece claramente nas linhas desse seu texto sobre

Inspiração em rede: sobre o concurso e seus incritos

Bom dia, bom dia! A segunda tá começando agitada aqui e venho rapidamente para dar uma notícia que muito me deixou feliz: fechamos o concurso no sábado, dia 10, com um total de 15 pessoas inscritas no concurso " Uma foto, mil lembranças ". Na verdade, um sucesso para uma primeira versão e ainda se eu considerar que a divulgação foi simples e meio que passou mesmo de boca em boca, de blog em blog. Aliás, obrigadíssima por terem me ajudado nisso! Neste total de 15, pasmem! Apenas 2 textos não foram escritos por mulheres! A molerada teve uma participação em massa, mas nossos dois participantes, Ed e Ricardo, fizeram uma representação simbólica muito boa, de super conteúdo para defender a ala masculina. :) A representação feminina (numa lista meio capenga neste momento) ficou por conta da Grace Olsson, Beth Lilás, Glorinha Leão, Adriana Cechetti, Ana Flávia, Mariaaah, Kátia Celeiroz, entre as já publicadas, e Loide Branco, Stela Fazio, Gislaine, Célia, Elaine e Daniela ent

Perguntas inúteis que não querem calar: Queijo Tipo Minas Padrão???

Eu não sei se você tem o mesmo problema que eu: não raramente eu me pego com a testa franzida, pensando e pensando sobre a rebimboca da parafuseta e tentando entender o porquê daquilo. Isso acontece muito mais do que eu realmente preciso num dia só e de vez em quando até gasta minhas energias... É minha porção filósofa inútil diária aparecendo. Eu penso e penso e penso. Já havia pensado em fazer uns posts só com pedido de "ajuda aos universitários" Hoje, entretanto, durante meu café da manhã, eu pensei que questões assim não devem intrigar tanto um ser sozinho. É preciso resposta mesmo para as perguntas mais imbecis. Resolvi então criar uma nova sessão neste blog. Uma sessão inútil, mas necessária. Veja que coisa mais contraditória esta! A pergunta que não me quer calar hoje é a seguinte: Ontem comemos uma raclete de carne com legumes aqui com os amigos. Minha amiga dona da raclete sempre me pede pra comprar o "queijo Minas tipo padrão". Pelo menos é a

Última chamada para você pegar uma foto, escrever um texto e participar do concurso!!!

Gente boa! Hoje é sábado e hoje é também dia 10 de Setembro! Chegou então o final do prazo para inscrição de textos e fotos para o concurso " Uma foto, mil lembranças ". Ainda publicarei nos próximos dias textos enviados nesta última semana para apreciação de vocês e daí lançarei a votação online. Se você ainda está em vias de e não teve coragem, tempo ou qualquer coisa digo que o sábado, ao menos no Brasil, está só começando! Obrigadíssima a quem abraçou a idéia! Eu sempre ouvia amigos e amigas dizendo "ah! eu adoro escrever!" "eu queria, mas não sai", "eu queria, mas não tenho tempo!"... tralalá... Então fico imensamente feliz que alguns de vocês conseguiram participar. Obrigada para quem fuçou em seus baús de memórias e colocou para o mundo histórias tão comoventes e lindas! Valeu muito! Já valeu porque a gente pôde ler essas lembranças, pôde se sentir parte delas, pôde dividir dores e alegrias! Isso é muito legal! Fico devend

"Uma foto, mil lembranças": Lembranças em preto e branco, por Loide Branco

(foto de Sandri Alexandra, trabalhada em preto e branco) Faltando só dois dias para encerrar as incrições para o nosso concurso " Uma foto, mil lembranças " eu ainda tenho aqui textos lindíssimos para publicar para vocês! O texto de hoje é da Loide Branco, uma brasileira, estudante de Direito em Coimbra. A Loide também é  blogueira  e escreve bastante sobre sua experiência de estudar fora e poder conhecer outros lugares e pessoas. Assim como outras e outros participantes a Loide trouxe aqui memórias saudosas da família. No caso, memórias de sua relação com o pai e do seu tempo de criança. Apesar de falar de saudade ela prova que nem sempre saudade é algo triste... A saudade existe na nossa vida como parte integrante dela. É prova de que vivemos algo importante e isto nos pertence através da memória. Conseguir ter saudade sem se sentir triste, acredito eu, é algo que pouca gente o sabe fazer. Na verdade, só talvez as mais sábias. Obrigada Loide! Lembranças em Preto e Br

"Uma foto, mil lembranças": Tempos Felizes, por Kátia Celeiróz

(Kátia Celeiroz na infância e sua família) A participante de hoje é também uma blogueira da " cidade sangue quente, purgatória da beleza e dos caos ". Sim! Kátia Celeiróz é carioca e gosta de escrever sobre memórias e hipocrisia em seu blog que tem há 4 anos. Apesar de "não gostar de títulos", Kátia é formada em Letras e está estudando Logística no SENAC porque a vida nem o mundo podem parar! A Kátia não quer ser escritora, não deseja viver das letras, mas não consegue deixar de escrever sobre seus sentimentos. Isso, diz ela, é o que move sua " Literatura Mundana ". Eu não conhecia a Kátia e ela é a primeira pessoa quem anuncio aqui no concurso de quem eu não tenho uma história de relação minha com ela para contar, mas exatamente por isso fico tão feliz apresentando seu texto. Saber que daqui do meu escritório na quase Lapa de São Paulo eu consigo me conectar substancialmente com gente que anda vivendo sua vida por outros cantos do mundo. Que o

Faltam 8 dias! Ainda há tempo de mandar seu texto para o "Uma foto, mil lembranças"

("Writer's Block,"Fayetteville-Manlius junior Nicole Steinberg) Bom dia caras pessoas que por aqui passam, Só para lembrar que o prazo do concurso está para acabar. Faltam 8 dias! Eu creio que além de quem já enviou o texto, mais umas 10 me disseram estar "escrevendo" e finalizando seu texto para enviar. Então este post não é pressão, é lembrete! :=) Dia 10 encerrarei as incrições dos textos e fotos para o concurso " Uma foto, mil lembranças ". Ainda tenho comigo dois textos enviados os quais já estão programados para irem ao ar. Eu não vou esticar o prazo porque não acho justo com quem correu e se inscreveu. Não é? Ontem vi que em dois editais de Salões para onde mandei minhas telas houve prorrogação do prazo de inscrição. Me matei para enviar nas datas e agora simplesmente o prazo foi aumentado. Nisso eu sou bem suequinha! Para participar basta escolher uma foto realmente significativa para você e escrever, a partir, dela um texto (narrat