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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Somnia ao vivo no Melodifestivalen de Malmö, amanhã!

(Schlager Kvall, Noite do Schlager, Foto de James O´Brien ) (Nota importante: Não passe adiante nesse post se você tem amigos ou amigas suecas ou pretende fazer alguns um dia. São informações de extrema relevância para entender parte da paixão desse povo loiro por música e por outras cositas más...) Há algumas semanas teve início o programa de tevê, que segundo minha amiga Ju , é o mais visto na Suécia, o Melodiefestivalen , uma prévia sueca para selecionar os melhores cantores e cantoras para o Eurovision 2010. As músicas, ou os ritmos schlager , como eu já falei ano passado e a Ju também, são canções pouco elaboradas musicalmente, já que normalmente estarão entre as que as rádios mais tocarão no ano todo e que o pessoal brasileirinho mais dançará em festinhas particulares. Música de rádio a gente sabe precisa ser pop e não elaborada, embora obviamente a da minha candidata do ano passado o fosse. Hohoho... No inverno de 2009 fui contaminada pela síndrome sueca quando assisti com

"Assassinato na lavandeira": contos de horror da pacata Suécia

("Não toque nas minhas coisas!!! "Assassina" na lavandeira checa suas roupas, imagem do artigo de Paddy Kelly, The Local) Depois de três anos vivendo na Suécia eu percebi esses dias o que está no topo da lista que eles mais amam fazer e mais odeiam: Número 1 da lista de amor: suecos amam ser pontuais. Amam escolher horário como 9:18 para iniciar uma atividade, gostar de marcar festa com horário de início e horário de término. E de cumprir com o previsto, lógico. Número 2 do top de amor: Suecos e suecas amam ficar pelados. Em praias, em saunas, em fotos artísticas para álbuns de cds, filmes etc. É sempre um nu natural, sem aquele apelo para o sensual, como nós brasileiros estamos acostumados a fazer e enxergar. O nu sueco normalmente tem uma apelo mais humorístico e tô numa nice e não me importo. Número 1 do top da lista de ódio : Suecos odeiam gente que atrasa ou os faz ficar atrasados para alguma coisa. O papo pode ser cortado no meio, você será interrompido no meio d

"The look of love", a perfeita combinação entre música e arte

("Tonight", detalhe da instação de Valeska Soar e s ) Em mais um dos muitos dias que eu me dirigia à USP durante os longos anos do meu doutorado resolvi passar pelo Museu de Arte Contemporânea, o MAC, um excelente museu que a Universidade mantém e onde tive contato com inúmeras obras e artistas nacionais e internacionais. Em uma dessas minhas visitas e viagens, fui tomada por uma música que me levou de passos no ar até uma sala escura, com luzes verdes em 3D que se cruzavam acima de uma pista de dança real. Projetados no espaço, com corpos translúcidos, um casal virtual, dançava ao ritmo suave e contagiante da composição de Burt Bacharach e Hal David, "The look of love". Embalados pela voz suave de Dusty Springfield que ecoava pelos quatro cantos, com seus corpos cheios de movimento eles me tomaram totalmente. Ouvi uma, duas, três e não sei quantas vezes. Sentei, tirei meus papéis e comecei a anotar o que via. Ao mesmo tempo que refletia sobre a obra de arte que e

Dicas de como quebrar o gelo

(Ângelo pintando sua caixinha do jogo das regras da casa, Malmö, fevereiro de 2010) Se você vive em terras geladas como as que estamos a viver aqui e se os seus dias estão brancos e deslizantes como os nossos, aqui algumas dicas de como quebrar ou derreter o gelo de fora e fazer a vida brilhar apesar das baixas temperaturas. 1. Dedique-se a atividades intelectuais e artísticas. Elas ajudam a canalização de energia e proporcionam uma enorme sensação de prazer. (... a arte opera milagres, Malmö, fevereiro de 2010) 2. Junte os chegados para incendiar o barraco. Escolha as trilhas preferidas e deixa a disposição instrumentos desinibidores, como guitarra, bateria e microfone por exemplo. (Acho que eu levo jeito..., Malmö, fevereiro de 2010) (A banda a todo vapor, Thiago, Gigi, Ângelo e Renato brincando de guitar hero, Malmö, fevereiro de 2010) (Pula e pula e pula que é bom para dormir melhor ainda no inverno, Ângelo e Gigi, Malmö, fevereiro de 2010) 3. Em hipótese nenhuma tranque-se em ca

1+1=4: divagações de uma grávida na terra do gelo

(Eu, fazendo graça na noite do Reveillon fazendo e um sinal que eu mesma ainda não sabia o que poderia vir a ser..., Brasil, janeiro de 2010) Tá vendo esta foto aqui?Ela foi tirada na noite do reveillon desse ano e eu a usei no meu perfil no blog assim que soube que estava grávida de 5 semanas. Eu sabia que ainda era cedo demais para contar, mas foi um jeito de eu deixar algum sinal que eu já queria partilhar com vocês, mas ainda não me sentia pronta para. Bom, cá estou na semana 10 agora olhando para a janela que some ao longe do branco da neve. Faz um mês que cheguei e a paisagem continua absolutamente a mesma. Neva quase todo dia. Aqui estou para mais um post e para responder alguns comentários super master de vocês, Ju e Lucinha, essa segunda gravidez foi sim planejadíssima. Tal como a primeira. Pensamos sobre isso o ano passado inteiro, conversamos, ponderamos etc. Aí, em novembro, visitei um médico aqui (ótimo por sinal, da Kura Kliniken ) para vermos as chances de eu ter ou não

Éramos três...

(O trio amoroso no Natal no Brasil, dezembro de 2010) Eu escrevi este post dez dias atrás para todos vocês. Estava me sentindo meio sufocada de "não poder contar" o que vinha se passando comigo e o porque de eu não responder e escrever comentários ou posts, visitar os blogs de vocês. Enfim, de estar tão sumida, apesar de já ter voltado. Além disso, vocês sabem, eu sou do tipo que se não posso dizer o que estou sentindo eu acabo me calando. Eu sempre divido a tristeza e também divido as alegrias. Não consigo não ser sincera com quem gosto e por quem tenho satisfação. Sem contar isso, havia também outras cositas mais que me fizeram ficar meio quieta essas semanas... Ontem tive algumas informações que me ajudaram a decidir que já é mais que hora de falar e pá! Se desejar, sugiro que você leia o post ouvindo a música que eu estava ouvindo quando o escrevi. A letra (que reproduzo em sueco e em inglês no final do post) fala de alguém que sempre esperou por um outro e, mesmo quando

"Como eles vivem e trabalham"

LICENÇA-PATERNIDADE Cechetti com a mulher, Sônia, e o filho, Ângelo: o pai também sai por quatro mese s Na edição da Época Negócios dessa semana, a revista explora o tema de como vivem e trabalham alguns executivos brasileiros e acompanharam um dia inteiro de cada um. Junto à edição há uma sessão que chamaram de "Inspiração, viagens" na qual há parte de uma entrevista que o Renato deu para a revista no fim do ano passado. De quebra, tem uma foto já conhecida por vocês, tirada em junho do ano passado pela minha amiga Daníssima Morassutti. Nós três naquele lugar lindo do qual sempre falo: o Ales Stenar. Pena eles terem cortados as vaquinhas e a paisagem do lugar... Ainda assim acho que a imagem é inovadora para uma reportagem de alguém que trabalha e vive na Suécia com a família, não é não? Aqui vai uma parte da entrevista... A edição completa e o restante vocês podem conferir nas bancas ou no site, se forem assinantes da Globo. ... Cultura Self Service Planejar e fazer tudo po

Alma sueca x alma brasileira e alma portuguesa...

(Eu, a brasileira, Kerstin e Helena, as suecas e Xu, a brasileira-portuguesa, orgulhosas das nossas guirlandas de Natal, no curso de decoração de Natal que fizemos juntas, Malmö, dezembro de 2009) Na noite de sábado passado, assisti a primeira parte do Melodiefestivalen de 2010, na casa de uma amiga sueca, a Helena. Com nós estava lá também a Kerstin. Rimos, cantamos, torcemos, falamos da voz, do cabelo e da roupa dos cantores. Erramos nos preferidos que irão concorrer com os melhores da Suécia em Estocolmo e depois irá representar a Suécia no Eurovision . Estava tudo muito engraçado, patati patatá e o papo acabou no que a Kerstin, a simpática, sorridente e solteira sueca, havia feito naquela manhã de sábado com zero grau no termômetro. Será que algum de vocês seria capaz de adivinhar? Hummmm... Tentem... Kerstin narrou animada que havia ido à sauna, uma que fica aqui na praia onde moramos e que é bem popular no verão também. Até aí, normal, não? Daí que então o ritual da amiga na sa

"Para dizer que eu não falei das.."

(Ângelo deslizando no parquinho de onde moramos na manhã de domingo, foto do pai Renato, Malmö, fevereiro de 2010) ... carinhas felizes que também se faz na neve... Outro dia, quando postei uma foto do Angelito de sunga, debaixo do guarda sol no Brasil junto de outra aqui na neve, no dia que chegamos, todos vocês foram unânimes em dizer o quanto ele parecia mais feliz aí no calorzão. De fato era verdade. E mesmo que eu explique que ele estava gripado naquela foto na neve a gente já sabe que a explicação não basta. Mesmo os suecos, nascidos e crescidos aqui, reclamam demais do inverno. O longo inverno, diga-se de passagem, já que eles adoram as mudanças que as estações trazem, assim como eu aprendi a amar. Por outro lado, é notável como todo mundo por aqui tem um brilho no olhar, tem um sorriso quase pronto no rosto nos dias de primavera e do verão. É assim... somos feitos de sol, somos feitos de energia e dela precisamos. É natural. É humano... E esse é um dos argumentos que mais me de