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Mostrando postagens de agosto, 2008

Ai que saudade danada me dá de vez em quando...

(Ângelo com os primos Luana e Júnior, Brasil, fevereiro 2008) Dia bonito. Céu azul. Sol. Sem vento.  Vamos levar o Ângelo num enorme zoológico que tem aqui.  Conversando no café da manhã, eu e Renato estávamos falando de todos vocês. Minha mãe, Irene, Caetano, meus irmãos, Dri, Vanessa, a família toda... as crianças. E deu uma sôdade danada... Não vejo a hora de estar nos braços de todos vocês de novo. Um lindo Nelson Gonçalves para o sábado choroso e cheio de amor. Memórias do café nice "Ai que saudade me dá Ai que saudade me dá Do bate-bapo do disse me disse lá no café nice ai, que saudade me dá Ai que saudade me dá Ai que saudade me dá Do bate-bapo do disse me disse lá no café nice ai, que saudade me dá De Cadilac chegava o Chico Alves Logo no samba queria entrar O Ismael só na de pão com manteiga, esquecia a nega, pra poder ficar E eu no samba, varava a madrugada O café Nice era um pedaço do céu Num canto batucava João de Barro, Lamartini, Pixinguinha, Almirante e Noel ...most

"Mudaram as estações" , tudo mudou...

(A esquina de casa, no meio da tarde, de algum dia do verão, 2008 ...) Hoje eu sei que não dá para entender o porquê dos suecos, e outros povos, mudarem radicalmente seu comportamento de acordo com as estações do ano. A verdade é que só dá para entender se você sente a mudança, literalmente, na pele. Mesmo sabendo disso, pensei que algumas fotos podem tentar dar uma idéia de como a vida acaba sendo outra, quando uma estação chega e a outra vai embora. Aqui, três fotos do caminho de árvores que passa pela minha rua. Nele a gente passeia de bicicleta, leva o Ângelo no parquinho, encontra as pessoas, toma caminho para cruzar a cidade... Mas ele é um em cada estação e faz com que a gente que vive por aqui, também mude conforme o tom das árvores e a cor do dia... Estamos quase em setembro e a paisagem que está como essa aí de cima, vai perder cor e volume. Hoje foi um dia lindo, depois de alguns com muita chuva, mas o verão mesmo já se foi e os dias estão começando a esfriar e a ficar cada

Na Suécia você come...

(Lanchinho típicamente sueco que você pode comer no café da manhã, no almoço e no jantar. Fonte: Anne´s food ) Hábitos estranhos de gente esquisita...  Se estiver na Suécia você precisa se adaptar ao padrão sueco de alimentação. Esqueça arroz e feijão juntos. Esqueça pão francês de manhã. Esqueça aquele monte de queijo em cima de seu espaguete. E, claro! esqueça as picanhas e o montão de carne que você come todo dia no Brasil... Esse povo viking tem hábitos um tanto diferentes dos do brasileiro, alguns muito saudáveis, outros nem tanto, que deixam a gente perplexo quando chega...  - Almoço entre 11 e 11:30 e jantar das 17:30 às 18:00. - A maioria das refeições frias. - Peixes quase sempre crus. - Lanchinho com camarão cru, pepino e pimentão no café da manhã. - Pimentão, pepino e champignon em tudo quanto é coisa. - Pimentão, pepino e champignon em todas as pizzas, não importa se você pediu ou não. - Pizza feita por suecos, turcos, gregos, libaneses, chineses, menos por italianos. - Mas

Eu sou brasileiro e ...

O Ângelo tem um método muito bom para vencer a carrancudice e o mau humor das pessoas. Ele sai pela rua, em seu carrinho possante, ou caminhando sozinho, distribuindo sorrisos e tchaus para todo mundo. Piora um pouco se a pessoa fizer de conta que não tá vendo. Aí ele encara mesmo, volta, passa à frente, dá um sorrisão barulhento e não tem quem aguente. Até hoje só vi duas pessoas resistirem a isso. E elas pareciam bem de mal com a vida e com o mundo. No restante, o Ângelo faz muita amizade.  Um amigo nosso, o Gus, disse que ele parece adivinhar quando há um monte de tiazinha sozinha por aí. É verdade! Embora ele ganhe a mulherada de tudo quanto é idade e até tchauzinho dos homens, se for tiazinha, assim mais velhinha, capenguinhas tadinhas, aí ele se esmera em fazer caras e bocas quase que dizendo: "Não acredito!!! Você também tá por aqui! Que legal! Você é demais!!!" E as velhinhas suecas se derreeeetem que é uma coisa! Volta e meia sou parada por "senhorinhos" e

Há chuva lá fora, mas aqui dentro...

(Jack Vettriano, The singing butl er) Eu tava aqui faxinando, num típico sábado sueco, enquanto a chuva cai lá fora, e acabei vendo o recado da Glorinha, uma leitora das Minas Gerais, que passou pelo Borboleta esses dias. Me emocionei com ela, como me emociono com tantos recados de vocês. Reproduzo abaixo o comentário da Glorinha ao post " O primeiro vôo do Anjo " e minha resposta. E viva os encontros virtuais e profundos! Um beijo e ótimo sábado para vocês!   .... "Olá linda criatura!... Uma borboleta realmente... Que bom ter te encontrado por aqui... Eu sou uma mãe já bem calejada... passei por 65 primaveras... apesar de ainda me sentir uma criança! Fiquei maravilhada ao dobrar a esquina e te ver! Você resplandeceu na minha tela imediatamente... como um cometa! Sério... Eu estava aqui... sózinha no meu cantinho, pesquisando com imensa ansiedade assuntos sobre a Suécia... e então vc apareceu! Foi como se eu me visse há 10 mil anos atrás... Eu era tal como vc... e tudo o

A Suécia e algumas histórias (1): um irlandês na cadeira ao lado

Eu recomecei as aulas de sueco e, na mesma sala, gente de todo canto: França, Espanha, Colômbia, Japão, Tailândia, Alemanha, Romênia, Inglaterra, Grécia, Macedônia, África do Sul, Arábia Saudita e e Irlanda. Mesmo em meio a esse pessoal tão diferente pra mim, acabei notando a presença de Darryn, um irlandês falante. Com o meu parvo conhecimento sobre a Irlanda eu apenas tinha a idéia de que os irlandeses são homens. Nunca penso em irlandesas, por exemplo. Sempre imaginei que eles gostam de beber muito nos pubs irlandeses e depois brigar com os torcedores ingleses, em estádios de futebol.  Também fantasiei que eles são durões e machos-machistas, por causa do musical e do filme do Billy Eliot que, descobri com o irlandês da sala, nem é feito na Irlanda, mas no norte da Inglaterra. Não sei de onde eu tirei essa idéia! Coisas muito estúpidas que alguém pode saber sobre outro país, mas era isso mesmo. Eu parecia alguns gringos que acham que todo brasileiro vive de sunga na Amazônia. Bom, fo

Busy, busy, busy...

(Festa da Lagostinha no Festival de Malmö, 2008 ) Há duas semanas retornei às aulas de sueco que eu havia parado desde que Ângelo nasceu. Toda manhã deixo-o às nove no Dagis e vou pra Folkuniversitet. Saio, almoço rapidinho e pego-o às duas da tarde. Por conta disso, da adaptação dele na escolinha, da vida toda pra se cuidar e do Festival de Malmö, eu apenas pensei inúmeros posts sobre tudo isso que tem acontecido, mas não consigo sentar para escrevê-los.  No curso estou estudando com gente do mundo todo. É extremamente interessante, embora também exaustivo. Da escolinha e do festival estou tirando umas fotos para fazer os tais posts... Apesar do cansaço, tenho tentado ir ao Festival toda vez que dá, principalmente (ou quase só) nas atrações infantis, como teatro, show de música, clow etc. A verdade é que a gente sabe que depois dessa imensa festa a cidade vai ficar bem quietinha e mais vazia. E a gente sabe que já é quase hora de se despedir do verão, porque o inverno já tá batendo à

"Foi numa festa "chêdicubalivre"" ...

Sábado a gente pegou aqui uns álbuns antigos e matou saudade dos velhos tempos... Do visu do Re, quando eu o conheci nos anos 50, com um corte de cabelo curtinho e bigodinho. Do meu visu trash dos anos 80, quando a gente usava calça santropeito e blusa de ombreira. Nos lembramos da época em que participávamos das reuniões contra a ditadura e ele usava os óculos, fundo-de-garrafa, pretos, combinando com muitos ternos xadrezes, logo no início dos anos 70.  A gente nem lembrava do look Chitão dele e dos nossos Black-Power... Baita álbum legal esse que a gente viu no sábado!!!  Há-Há-Há! .... Agora, falando sério: a gente riu prá caramba, no sábado, montando esse álbum tré rrre-dí-cu-lu de looks de vários anos. Fiz a brincadeira no site " Year book your self ", por sugestão de um blog que eu adoro, " How about orange " e foi diversão grátis. Até me lembrar de músicas antigas e "modais" eu me lembrei. E me lembrei como eu cantava tudo errado e achava que tava a

Dá uma passada lá no Malmöfestivalen!!!

Hoje começa uma super festa por aqui: o Malmöfestivalen . Têm barracas de comida do mundo todo, dança, show, um montão de atrações malucas e diferentes como pagar para derrubar um cara na água fria do canal. Têm milhares de pessoas na cidade e turistas de tudo quanto é lugar! E você não pode perder! Hoje no início da noite eles irão comemorar com um grande show na Sgortoget, a Praça Central da Cidade, então, passa lá que a gente se encontra! E se você só puder ir amanhã, ainda pode conferir a festa pelo clicando no link ao lado direito do blog: Web cam -  Ao vivo de Malmö - e veja que a suecada até sabe como fazer uma festa animada também! A gente se encontra!!!

"You are the dancing queen..."

(Sábado passado, na discoteca domiciliar da minha amigona Xu-Muié, onde a gente se sentiu as "Dancing Queen" da noite, comemorando o aniversário dela, Malmö, agosto de 2008) Ontem, foi a  segunda vez que fui ao cinema na Suécia. Eu e mais uma comitiva de seis mulheres fomos juntas ver o filme " Mamma Mia ", aqui em Malmö. Baseado no famoso musical de mesmo nome, o filme conta uma história que foi toda construída a partir da trilha sonora do ABBA.  E, apesar de eu nem ser fã de musical, nem de comédias, "Mamma Mia" já sai valendo a pena porque traz quase todas as melhores músicas do  inesquecível grupo sueco . O filme é basicamente para se ouvir e sonhar em sair pelas Discotecas dançarolando... Da mulherada que tava comigo, quatro eram brasileiras (Ângela, Xu, Cristina e Mônica), uma alemã, Nikol, e uma sueca-alemã, Nina. A gente fez festa do começo ao fim e nos sentimos as "Dancing Queen" da noite. E, tal como a Meryl Streep e suas amigas no fil

O que você sabe sobre São João da Manteninha?

(V ista do alto de São João da Manteninha, Minas Gerais, por onde eu "passei" esses dias...) Desde que comecei este blog eu tenho tido várias alegrias diferentes com ele. Uma delas eu tentei explicar hoje, na resposta aos comentários do post " O primeiro vôo do Anjo ". Eu tava falando lá de como é bom poder pôr pra fora algumas das coisas que penso e sinto e ter alguém aí do outro lado para trocar essas experiências, alguém para ouvir, nem que seja lendo. A outra coisa muito legal tem vindo através desses widgets, esse negocinho aí do lado direito,do qual eu já falei esses dias num outro post . Esse que marca a cidade e o país visitante do dia ou coisas assim. É muito divertido ver as centenas de lugares diferentes, os quais eu nunca antes ouvi falar, passando ali na telinha... Na sexta-feira teve um visitante de  São João da Manteninha . E me deu uma coisa danada de gostosa saber disso. Eu nunca tinha ouvido falar em São João da Manteninha, por isso fui no wikipedi

O que amolece mais o coração de um homem?

O que amolece mais o coração de um homem? Um filho. Depois que o Renato se tornou pai ele vive por aí com o Ângelo, rolando no chão ou na grama e rindo feito moleque. Ele não esquece de contar o tempo, quando coloca o menino nas costas. E vive cobrindo-o de beijos, sem pensar se tem alguém olhando. Depois que o Renato se tornou pai ele esquece quais são as suas necessidades e pensa primeiro no seu Angelinho. E o que ele vai comer e beber, o que ele vai vestir e a que horas vai dormir. E volta correndo pra casa no fim do dia como quem voltou para um parque de diversão. E se mata de brincar com o seu moleque como se fosse um de seus amigos de infância. Depois que o Renato se tornou pai ele pensa o tempo todo o que pode ensinar, E ampliou sua área de interesse para tudo que tenha a ver com educação e lazer com crianças. E sempre tem uma história a respeito do filho de alguém para me contar, a qual ele achou muito interessante. Depois que o Ângelo nasceu o Renato se tornou ainda mais amoro

O primeiro vôo do Anjo

(Eu e Ângelo, poucos minutos antes do Renato cortar o cordão umbilical que nos uniu por 9 meses, 16 de Julho de 2007) O que chamamos de senso de identidade é a certeza de que nosso eu mais profundo, mais forte e mais verdadeiro persiste através do tempo, a despeito da mudança constante. É a sensação de um eu verdadeiro mais profunda do que qualquer diferença, o eu para o qual todos os nossos outros eus convergem... Todos nós, no começo, precisamos de uma mãe que nos ajuda a ser, a mãe que nos ajuda a estender o braço e reclamar o que nos pertence, a mãe que nos ajuda estabelecer uma certeza central - tão certa quanto as batidas do nosso coração - de que nossos desejos e sentimentos são nossos...  Judith Viorst, "Perdas Necessárias Eu sempre ouvi de algumas amigas que o primeiro dia em que deixaram seus bebês na creche ou na escolinha foi devastador. Elas me falavam sobre a tristeza e o vazio que tomava conta de suas vidas naquele curto momento entre o deixar a criança nas mãos de

"As esverdeadas e as enrugadas"

(Ilustração de Annelie Carlström, fonte: Gringo, número 3, 2008) No ano passado, a curiosa frase de minha sobrinha Luana, "Eu pioro quando tomo sol", me motivou a escrever o texto "Black is Beautiful" . Naquela ocasião me chamava a atenção o fato de que aqui, na Suécia, o que ocorria parecia ser exatamente o contrário: as meninas loiras, as quais a Luana, de 7 anos, já havia aprendido a venerar, tingiam seus cabelos de preto ou marron. Passavam horas estiradas ao sol (natural ou artificial) para tentar ter a pele que ela, Luana, não aprendeu ainda a ter orgulho. Há uns dois meses, eu tava comprando um sushi pro jantar e dei de cara com a revista sueca "Gringo" e, apesar de meu sueco não ser lá essas coisas, consegui entender o artigo e achei extremamente curiosa a relação entre o meu texto e o de Elaine Bergqvist. Mais fantástica ainda pensar na semelhança entre a Elaine criança e a minha sobrinha Luana.  Pedi, então, à minha querida amiga Juliana, que me

Nada melhor do que um dia após o outro. Nada melhor do que o verão após o inverno...

(Eu, entregue à farra ontem, no Parque Aquático Tosselilla. Foto: Renato Cechetti, Suécia, julho de 2008) Amanhã Amanhã! Será um lindo dia Da mais louca alegria Que se possa imaginar Amanhã! Redobrada a força Prá cima que não cessa Há de vingar Amanhã! Mais nenhum mistério Acima do ilusório O astro rei vai brilhar Amanhã! A luminosidade Alheia a qualquer vontade Há de imperar! Há de imperar! Amanhã! Está toda a esperança Por menor que pareça Existe e é prá vicejar Amanhã! Apesar de hoje Será a estrada que surge Prá se trilhar Amanhã! Mesmo que uns não queiram Será de outros que esperam Ver o dia raiar Amanhã! Ódios aplacados Temores abrandados Será pleno! Será pleno! (Guilherme Arantes) (Alguns cantos mágicos do Parque Tosselilla. Foto: Somnia Carvalho, Suécia, julho, 2008) Eu sempre gostei muito do Guilherme Arantes e de suas composições, desde minha adolescência... mas, ontem e hoje, eu me lembrei especialmente dessa música. E nem sei se o Guilherme era considerado cabeça ou popular

Semana Mundial da Amamentação: um post coletivo para comemorar e incentivar o aleitamento materno

Comemorando a Semana Mundial da Amamentação e a blogagem coletiva de 1 de agosto, da qual a gente falou aqui outro dia, aqui vai um post, criado a partir de algumas valiosas contruibuições que recebi.  Muita gente me escreveu dizendo não ter criatividade etc, mas que apóiam muito a amamentação materna e o incentivo do blog. Mas não precisa criatividade! Basta pôr  o que sente, que é bonito do mesmo jeito. Contem um causo, digam algo que sintam sobre esse gesto. Tudo vale a pena... Aqui vai um texto, sensível e verdadeiro, da Janaína, de Brasília, que está na foto maior acima, amamentando a Carolina, a bonequinha de cor-de-rosa da foto. Abaixo dela, minha amiga Daniela, de São Paulo, amamentando o Felipe e ao lado, eu, com Ângelo. Todas nós fomos felizardas de poder amamentar nossos bebês assim que eles nasceram, uma experiência transcendente e prá lá de recomendável. O resultado excelente a gente pode ver na carinha de felicidade e saúde deles e na de abobadas, nossa. Fiquem a vontade